sexta-feira, novembro 24, 2006

Um café

Antes do café do início da manhã de fim- de-semana, dirigi-me, com o sono do costume, ao quiosque da esquina e perguntei pelo dvd - de há muito prefiro o dvd, ficando indiferente à marca do papel - e fui passando os olhos pelas garrafais das prateleiras.
Agora que sorvo este líquido preto e quente, aproveito para me dedicar a Elsa Raposo. O que as revistas estampam e escrevem a propósito da sua apetência para casar amiúde, pouco me interessa. Porém, o lado filosófico da coisa arrebata-me para além do café. Os títulos não refletem o mais importante: Elsa interiorizou na perfeição e esmera-se na execução prática do conceito de portabilidade. Intriga-me a originalidade na aplicação da ideia aos afectos. Embora os movimentos ditos fundamentalistas já há muito tivessem percebido que fazer fogacho em movimento mata que se farta, generalizar a vantagem do movimento ao casório é, mais que contemporâneo, vanguardista. Porém, há em tudo isto, um senão que me inquieta:
Onde estará o ponto"g", de "garantia" que a qualidade de ser portátil, aplicada com tanto rigor, não conduz a curto prazo a volatilidade?
Absorve-me o pensamento supor que ser volátil como o álcool, poderia implicar que esta mesa ficasse aqui com o café e o cigarro sem ninguém atrás.
Preocupa-me, para além disso, que as revistas da especialidade achem estes folhetins interessantes.

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