quinta-feira, maio 10, 2007

As regras

A propósito de problemas de comportamento, manifestados por de um aluno do 1.º Ano, tive com ele a seguinte conversa:

P- Estás recordado do problema que tiveste quando "R" te roubou os "tazos"?
A- Sim-sim...sim-sim-sim.
P- Quiseste fazer um tribunal e pediste-me para fazer de juiz. Quando percebeste que eu estava do teu lado, levantaste-te da cadeira e querias puxar a orelha ao "R".
A- Pois foi.
P- Foi, foi... Como ele não cumpriu a regra, para além de quereres castigá-lo fortemente, chamaste-lhe "criminoso". E vamos cá ver: Tu sabes as regras? Aquelas que estão escritas no caderno?
A- Sei-sei!
P- Começa a dizê-las. Se não me engano são 6.
A- Pois são!


"G" conseguiu recordar-se de todas e concordou que tinha muita dificuldade em cumprir algumas.


P- Bem, então concordas que, a partir de agora, sempre que não cumprires as regras, serás castigado.
A- Eh, lá! Os professores não podem bater.
P- Quem te disse isso?
A- O meu pai.
P- Ai disse? Mas acredita no que te dizemos. Serás castigado quando não cumprires as regras que tu conheces muito bem. Se ficares muito chateado, comigo e com a professora, o que podes é pedir ao teu pai que te ajude. Isso podes.
A- O meu pai também me disse que se algum se meter comigo, como eu sou mais pequeno, para eu lhe morder onde o apanhar.


Este conselho foi, aliás, seguido escrupulosamente e com o afinco que a ideia encerra.


Há, como o diálogo releva, duas regras que ocupam demasiados bytes no disco da criança: "Os professores não podem bater" e "morde-lhes quando se meterem contigo".

Para o caso, deve aplicar-se o ditado popular: "Esculpido em carrara"

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