Ké das férias?

Os responsáveis do Ministério da Educação teimam em fazer tábua rasa da razoabilidade. Lamento insistirem na tecla desafinada. Agora preparam-se para chagarem a cabeça dos docentes, obrigando-os a procedimentos mais ou menos burocráticos, durante o período de férias. É duplamente lamentável:

Primeiro, o "Ministério" nunca conseguiu fazer valer um princípio básico, previsto no "espírito" e na "letra" da Lei, que consiste em compensar os dias de faltas, que ocorreram a desconto desse período. Depois, para se redimirem da constatação do fracasso, penalizam todos por igual. É mais ou menos o equivalente a castigar todos os alunos da turma, pelo incumprimento de regras por parte de um deles. Eu lembro-me destes procedimentos serem tidos como "normais" no serviço militar obrigatório, quando o objectivo implícito era o de criar situações de injustiça, visando observar os rapazes e contribuir para o desenvolvimento das capacidades de auto-controle e de resistência à frustração. Agora a "Voz de Comando" é ligeiramente diferente: Um... Dois... A Direito! A Direito!

Após 31 de Julho é que as escolas poderão efectuar a distribuição definitiva do serviço para 2007/2008. Nesse momento, para além da atribuição dos cargos, as escolas têm de proceder à "identificação" dos docentes que ficam com ausência da componente lectiva: se for QE terá de ir ao DACL, se for QZP (até à 3ª cíclica) terá de ir à afectação. O concurso (manifestação de preferência) está previsto para o dia 6 de Agosto. (http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=251&doc=2458&mid=115).