A greve teve, digo eu que vi, uma adesão mesmo aderente. Aderente de unidade e afinidade. Foi por isso uma greve aguda, com elevada possibilidade de passar a crónica.
Do Ministério não viram. Pudera, com o ruído dos aparelhos de ar condicionado - classe C -, não se vê quase nada.
As pessoas afectadas pela manifestação de descontentamento pensaram: "Estes incompetentes, não compreendem a importância das medidas tomadas. Se calhar até pensam que a senhora anda a cardea-los para auto-recreação!"
Contudo, não me pareceu que a greve tivesse constituído uma reacção emotiva a esta ou aquela medida. Nada disso! Os professores - como as pessoas, de modo geral - não têm propriamente tendência para a auto-flagelação, mas duvidam seriamente da importância para a qualidade da educação, de muito do que por aí se faz e diz. Esse é o ponto! "Bater" no chato que representa o difícil - aprender implica, para a mais benevolente das hipóteses, desacomodar - terá sempre mais palmadas que pateadas. Pelo menos, até que o teatro caia.
Também não me parece que assobiem para o lado os que dizem que a greve foi inexpressiva. Nada disso! Assobiam para dentro.
1 comentário:
apoiado a 100%
(de uma quase desencantada)
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