"Uma cidadã holandesa está desaparecida desde a madrugada de hoje em Albufeira, Algarve, depois de ter sido arrastada por uma onda e caído ao mar".Público on-line 19-04-2008
"Omar", como amar, tem dias. E sofrimento.
"Omar", como amar, tem dias. E sofrimento.
Passear descontraidamente nas praias do Algarve, junto à linha de água, com ventos do quadrante Sul, é como comer ostras ou jogar roleta russa; admitimos vagamente que o menos provável possa acontecer, mas, na verdade, acontece pelo menos uma vez a quem se expõem amiúde. Com o azar do lado do incauto, basta uma só tentativa para o acontecimento indesejado confirmar a regra.
O mar faz-se desta crueldade para dizer que existe. Talvez não fosse preciso tanto para sabermos que lá está, mas se fosse menos não seria concerteza tão omnipotente. E o mar insiste em sê-lo. Quando o conhecia menos bem - e ainda o conheço mal - arrisquei, no entusiasmo da pescaria, experimentar-lhe as manhas. A sorte protegeu-me o suficiente para me desviar a tempo. Ainda assim, tive oportunidade de assistir ao desaparecimento temporário de um companheiro da "arte": submergiu, voltou à tona e a terra firme depois de ter passado pelas afiadas "garras" do mexilhão. Durante algumas horas ficou com ar de alcatra passada pelo amaciador; tempo suficiente para que tivéssemos conseguido aprender alguma coisa. Há horas de sorte e há aprendizagens que combinam bem com imagens fortes e golpes extensos. E há na natureza uma pergunta omnipresente: "os cavalos a correr e as meninas a aprender?"
1 comentário:
uma tragédia, se calhar evitável com um bocadinho de cautela!
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