A organização pedagógica das Escolas tem gerado acaloradas discussões, havendo quem sobre-generalize o Decreto Lei 200/2007 para concluir, incorrectamente, que a Escola deverá organizar-se, no que a estruturas eminentemente pedagógicas diz respeito, exclusivamente com quatro departamentos. É uma visão redutora e nem sequer coincide com o que a este propósito pensam, de lá, do Ministério da Educação; tal facto dá razão a quem afirma existirem nas Escolas professores bem mais fundamentalistas que a Sra Ministra da Educação.
Um dos departamentos que em muitos agrupamentos fará sentido é precisamente o de Educação Especial cuja criação está, ao invés do pensamento que tem prevalecido, prevista na Lei. Inacreditavelmente, por razões que só e esperteza domina, parece difícil ajudar a compreender que a arrumação em quatro grandes departamentos foi apenas uma conveniência para efeitos de avaliação de docentes (embora o objecto explícito no decreto seja o concurso a professor titular) e não um modelo inevitável de organização pedagógica das Escolas. Portanto, caberá a cada agrupamento, em sede própria (Conselho Geral), utilizar o instrumento de Autonomia (Regulamento Interno) e lavrar a organização pedagógica tida como a mais conveniente, com vista à execução do Projecto Educativo que os professores e outros técnicos, se proponham desenvolver.
Como Coordenador do Departamento de Educação Especial, e no âmbito dessas funções, quero agradecer o trabalho desenvolvido por todos os docentes e pela Psicóloga Fátima e lamentar o facto - compreensível - da Profª Manuela Figueiredo ter optado pela sua área de Formação de Base, deixando por esse facto, de desenvolver actividade lectiva no âmbito da Educação Especial. Sem o empenho dessa docente não teria sido possível disponibilizar aqui esta apresentação. Pelo seu contributo, o meu especial agradecimento.
Bom Ano para todos!
2 comentários:
Eu sonho com uma escola sem departamentos...
Mas isso sou só eu... Porque acho que não funcionam...
Beijos
Sonhar é bom, mas talvez não fosse má ideia associar a escola a uma realidade que, de tão complexa, convém assimilar aos poucos. Provavelmente pensas num outro tipo de organização. Essa disponibilidade é interessante e surpreendente e eu acho isso possível. Pensar no puzzle é que já não me vai apetecendo muito. Faço o mesmo exercício que faço perante um grande bolo, isto é: prefiro comê-lo às fatias. Para além disso sempre me pareceu que muita gente junta, mesmo que à volta de um bolo - e não é o caso -, é deveras complicado.
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