sábado, outubro 11, 2008

Uma trapalhada muito especial


O que se passa com a "colocação" de professores de ensino especial é uma trapalhada que nem os mais incrédulos na capacidade de organização do ensino público esperavam algum dia ver.

O modo como estes professores são colocados (ou não colocados) nos agrupamentos faz supor que alguém atirou uns papéis do céu com uns nomes ao acaso. Eu, a quem pediram milhares de mapas nestes últimos anos, cheguei a acreditar que daí decorreria alguma sensatez. Qual quê!? No meu agrupamento falta colocar um professor e a resposta, de há meses, é sempre a mesma: "dentro de um ou dois dias".

Espantoso é perceber, o que não é difícil, que o problema se resolveria em cinco breves minutos. Tomemos o caso das dificuldades de aprendizagem: atendendo à taxa de incidência provável, aplica-se uma fórmula. Da aplicação da fórmula resulta um determinado números de horas a atribuir:


Número de turmas do 1.º ciclo × 25

__________
10


Em vez de optarem pelo óbvio, para a colocação de professores de educação especial, pedem mapas e grelhas amiúde. Não lhes ocorre que, sem critério razoável, criam, com esses mapas, disparidades abissais que só contribuem para dar razão a quem contesta tudo e todos.

Imaginemos que há algures uma pessoa no Sul que, por dominar mal o sistema de numeração na base 10 e desprezar o valor relativo dos algarismos, enviesa os dados resultantes da leitura dos mapas. Nada de mal? Pois não... é mais ou menos o mesmos que fazer papas com conquilhas e esquecer as conquilhas.

É por essas e por outras que o ensino especial, aqui do Sul, já encomendou uma camioneta.

4 comentários:

saltapocinhas disse...

o do sul e o do norte e de todo o lado!

a "minha" professora do EE é uma professora de evt que ficou com horário "0" na escola dela.

queres exemplo melhor para veres que respeito merecem estes alunos????

e dá apoio na minha escola 4 haras... por SEMANA!!

saltapocinhas disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
José António disse...

Ora, então não vês que o autocarro até faz cavalinho no arranque?

Anónimo disse...

Zé, está óptimoo teu "artigo". É a dura e crua realidade da nossa Escola. Ah! mas está tudo bem. Andam é para aí uns manipuladorzinhos a estragar o "arranjinho"!!!... Isto sim é manipular e bem! Onde é que eles aprenderam?
Só sei que agora sim vivemos numa ditadura. Eu que vivi uns anos na outra, nunca senti o que sinto agora... Mas é melhor dizer que é uma democracia, senão... Andam para aí uns espias... Ah! mas que ideia! Nós estamos numa democracia. Então nem concursos públicos já se fazem! Então e o Magalhães? Então não sabiam que a empresa tinha problemas com o Fisco?! (tadinhos). Também se esqueceram de informar que o Magalhães não é português(quer dizer, o que partiu à conquista de novos mundos É!), mas sim montado em Portugal, com todas as peças vindas do estrangeiro. Grande campanha de marketing. Quem é que ganhou uns tostõezinhos, quem foi? Dou um doce a quem adivinhar... Bjnhs

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