quinta-feira, agosto 27, 2009

Um descanso...

Durante uns merecidos dias de descanso -digo eu, que para além de parte interessada me interesso pela matéria-, consegui finalmente varrer da cabeça a Escola e as peripécias da Ministra. Com excepção para um momento musical (chamemos-lhe assim) em que ouvi "Marco Horácio" trautear "Tu nã me moas, sê feliz.", nem em sonhos tive assombro da alucinação.
Chegado à urbe, eis que ao abrir um rol de notícias, dou com um tal Abrunhosa (aquele que se acorrentou quando quiseram fechar-lhe uma diversão) por detrás daqueles óculos que faz tempo não o deixam ver a luz, com a cabeça espetada no cartaz que propagandeia o espectáculo que o PS quer dar lá para as bandas do Porto. Ocorreu-me de imediato o episódio em que ele fez de preso de Guantanamo para reivindicar a abertura de um teatro no Porto. Um teatro! Imaginem se os professores, a quem fecharam todas as diversões (como se a felicidade não pudesse ser compatível com a profissão), fossem acometidos pela síndrome dos óculos escuros e das correntes nos pulsos. Viria certamente um qualquer Albino de serviço dizer que só poderia ser sado-masoquismo... Este Mundo!...

Com a curiosidade própria de quem hibernou uns dias fui espreitar a obra poética do homem dos óculos escuros e suponho ter percebido quase tudo. Bastou-me para tal fazer uma leitura em diagonal, deitar fora o supérfluo e ater-me ao essencial. Ora aqui está:


Uma espécie de céu…

Um anúncio discreto,
Um desejo apertado,
Um poema deserto...
Um sono acordado.


Porque o mundo é um momento,
Um suspiro escondido,
Um caminho cansado...


Pedes-me o momento,
Uma rua perdida,
Uma voz de poeta,
Uma toalha no chão,
Para o resto da vida…

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