sábado, junho 17, 2006

Relatórios Individuais dos Alunos

Um filme em que provavelmente os maus morrem lá mais para o fim.
Perguntam vocês:
-Quem são os maus?
-Então... Os professores!
Dentro de poucos minutos vão perceber que escrevo a verdade.
Desde o ano transacto que compete aos professores de apoio a elaboração de um relatório individual por aluno (com necessidades educativas especiais), de acordo com o previsto no Despacho nº 10856/2005.
No ano transacto, tais relatórios foram elaborados pelos docentes e enviados em suporte informático para as Direcções Regionais da área, que por sua vez os remeteu ao Ministério da Educação. Desses relatórios não houve retorno algum. Até hoje ninguém percebeu para que foi tanto trabalho, tanto tempo, tanto papel e tanta tinta. Mas como este tipo de prática está mais ou menos instituída, os professores nem estranharam. O melhor vem a seguir:
Este ano houve a decisão de colocar formulários on-line, com o aviso prévio de que o prazo seria até 19-06-06. Foram enviadas passwords (uma por concelho) e a partir daí os professores começaram a fazer o seu trabalho. Passados alguns dias chega a informação que a Ministra tinha mandado cancelar o site que dava acesso aos formulários. Acontece que mesmo depois destas notícias os formulários estavam acessíveis embora algumas vezes a conexão falhasse (desde o início que este problema se verificou). Começou a instalar-se a dúvida: É para fazer ou não é para fazer? Alguns professores decidiram telefonar para instituições com responsabilidade directa na elaboração do formulário e, quando conseguiram que a chamada fosse encaminhada (raramente), a resposta foi sempre vaga. Colocaram também dúvidas relativas ao conteúdo (uma vez que a categorização das necessidades educativas especiais não coincide com a adoptada) e também aqui não houve clarificação. No final da semana anterior chegou a informação, por escrito, que os formulários são mesmo para preencher no prazo estabelecido. Acontece que a maior parte dos professores não consegue aceder aos formulários e os que conseguem referem que a conexão deixa de estar activa durante o preenchimento.
No mínimo deveriamos ter direito a perceber. Ou será que este direito também vai deixar de estar garantido? Se vai, é bom que percebam que nós percebemos, que vocês só percebem o que querem perceber.

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