Pensando com...
Tenho recebido através de correio electrónico solicitações para um comentário às investidas do psicólogo Miranda. Confesso que tinha ouvido falar vagamente na figura, mas sempre associei as investidas ao facto do referido psicólogo estar preocupado com o projecto-lei apresentado pelo anterior executivo, visando reenquadrar a actividade dos psicólogos nas Escolas. Por esse motivo, nem sequer me preocupei com o que escrevia ou deixava de escrever. Acontece que, sendo o "Blog" um espaço interactivo, me vi na obrigação de pesquisar (confesso que a contra-gosto) sobre o personagem. Meio domingo para um comentário breve, pois, a montanha pariu um rato e eu estava no caminho certo quando me pareceu que era reacção a "picadela de abelha". O homem sentiu-se apertado (sabe-se lá porquê) com o referido projecto-lei. Esse projecto-lei, com alguns aspectos interessantes, visava a criação de equipas multidisciplinares e a coordenação estaria a cargo de um professor. Aqui intensificou-se a "cruzada" do Miranda (pesquisem as datas e reparem como os escritos vão subindo de tom), de tal forma que num ápice se torna economista e começa a fazer contas aos custos dos professores de apoio e das equipas de coordenação. Aqui revelou esperteza, uma vez que sabia que o poder político estava sedento de cortar na despesa. Eu até compreendo o Miranda e acho que ele fez o que o povo designa por "puxar a brasa à sua sardinha". Alguns psicólogos provavelmente estão-lhe muito gratos (não aqueles que trabalham a sério e têm a seu cargo a observação e acompanhamento de milhares de crianças do 1.º Ciclo, em várias Escolas) e assim reconhecido, soma capital político para continuar a influenciar as decisões. Portanto para mim o Miranda foi esperto e actuou no timing certo (até rima). O problema está na qualidade dos políticos (é por isso que este comentário se designa pensando com...). Os políticos mal assessorados como são enchem o olho com este tipo de escritos; então se o grau académico é "Doutor" (acho que é o caso de Miranda) nem pestanejam. Se o homem diz, deve ser verdade. Vamos a isso! Nem se preocupam em perceber se o Miranda já alguma vez trabalhou com crianças com NEE, se conhece os problemas das escolas e da inclusão destas crianças e jovens... Em vez disso os políticos tomam como válidos os paleios e começam a fazer uso de um discurso que no curto termo parece ter um impacto positivo, mas que a médio prazo vai ser um desastre total.
Tenho recebido através de correio electrónico solicitações para um comentário às investidas do psicólogo Miranda. Confesso que tinha ouvido falar vagamente na figura, mas sempre associei as investidas ao facto do referido psicólogo estar preocupado com o projecto-lei apresentado pelo anterior executivo, visando reenquadrar a actividade dos psicólogos nas Escolas. Por esse motivo, nem sequer me preocupei com o que escrevia ou deixava de escrever. Acontece que, sendo o "Blog" um espaço interactivo, me vi na obrigação de pesquisar (confesso que a contra-gosto) sobre o personagem. Meio domingo para um comentário breve, pois, a montanha pariu um rato e eu estava no caminho certo quando me pareceu que era reacção a "picadela de abelha". O homem sentiu-se apertado (sabe-se lá porquê) com o referido projecto-lei. Esse projecto-lei, com alguns aspectos interessantes, visava a criação de equipas multidisciplinares e a coordenação estaria a cargo de um professor. Aqui intensificou-se a "cruzada" do Miranda (pesquisem as datas e reparem como os escritos vão subindo de tom), de tal forma que num ápice se torna economista e começa a fazer contas aos custos dos professores de apoio e das equipas de coordenação. Aqui revelou esperteza, uma vez que sabia que o poder político estava sedento de cortar na despesa. Eu até compreendo o Miranda e acho que ele fez o que o povo designa por "puxar a brasa à sua sardinha". Alguns psicólogos provavelmente estão-lhe muito gratos (não aqueles que trabalham a sério e têm a seu cargo a observação e acompanhamento de milhares de crianças do 1.º Ciclo, em várias Escolas) e assim reconhecido, soma capital político para continuar a influenciar as decisões. Portanto para mim o Miranda foi esperto e actuou no timing certo (até rima). O problema está na qualidade dos políticos (é por isso que este comentário se designa pensando com...). Os políticos mal assessorados como são enchem o olho com este tipo de escritos; então se o grau académico é "Doutor" (acho que é o caso de Miranda) nem pestanejam. Se o homem diz, deve ser verdade. Vamos a isso! Nem se preocupam em perceber se o Miranda já alguma vez trabalhou com crianças com NEE, se conhece os problemas das escolas e da inclusão destas crianças e jovens... Em vez disso os políticos tomam como válidos os paleios e começam a fazer uso de um discurso que no curto termo parece ter um impacto positivo, mas que a médio prazo vai ser um desastre total.
Estamos cá para ver se as crianças com NEE existem ou não existem nas Escolas.
Estamos também cá para ver se alguém vai pedir contas ao Miranda.
Provérbio do dia: "Em terra de cegos, quem tem um olho é rei!"
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