domingo, junho 04, 2006

Um caso de sucesso ou uma mentalidade doentia?


Um caso de sucesso ou uma mentalidade doentia?

Como sabemos o poder político está de rastos em Portugal e daí a importância que o poder económico está a ter na sociedade portuguesa. A prova de que está de rastos está na relação de servilismo de uma parte do PS com os grandes “tubarões” do dinheiro. Reparámos que as “grandes medidas para a educação” começaram com um discurso de Belmiro em que este se referiu aos Professores como alguém que: “Não só não educam, como deseducam os alunos”. Belmiro não é completamente ignorante e embora possa supor que “um pequeno selvagem” educado numa escola com “mentalidade sonae”, possa em pouco tempo tornar-se um bom cientista, produz estas declarações com o propósito de desvalorizar a profissão e com o objectivo de sacar mais dinheiro ao Estado (à custa dos cortes na despesa com professores e com outros profissionais) para a sua indústria, onde promete criar mais postos de trabalho. Atendendo ao monopólio que este homem detém hoje (das telecomunicações ao retalho, passando pela indústria e pelos média) parece muito difícil contrariar esta tendência, no entanto há uma luz ao fundo do túnel. Essa luz resulta do pensamento contemporâneo nas sociedades civilizadas. Hoje discute-se se o bem-estar humano deve ser remetido exclusivamente para o trabalho e para o dinheiro e discute-se não só no café da esquina, como também, por exemplo, no seio do partido conservador britânico. Fará sentido que estes “doentes do dinheiro e do trabalho” possam privar as famílias de dispensarem algum tempo à educação dos seus filhos? Será possível uma escola de sucesso sem essa envolvente familiar que garanta um meio minimamente favorável às aprendizagens? Não é possível! E Belmiro sabe isso, no entanto a ganância fala mais alto.
Compete aos professores como agentes de mudança contrariar esta tendência que conduz inevitavelmente a uma sociedade menos justa e menos solidária.
Um dia a história irá dedicar algumas páginas aos “grandes selvagens” que desprestigiaram a educação? Espero bem que dedique sem refazer a verdade.
Criticar a ministra da educação e chamar-lhe “medusa” como fazem alguns sindicatos pouco adianta. A ministra da educação não existe!

1 comentário:

Anónimo disse...

cool, good blog..

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