quinta-feira, julho 06, 2006

Candeias às avessas

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Quando abri o jornal ao 1.º café, com o propósito de verter para dentro algumas lágrimas de inspiração francesa, dei conta que na Direcção Regional de Educação do Algarve algumas candeias estavam a inverter-se. Quando assim é (hoje apetece-me linguagem de futebolista), no mínimo o defunto fica envolto em chamas. Image Hosted by ImageShack.usValha-nos o conforto de saber, que de morto não passa.
É esta a matéria para a postagem de fim de semana. Até lá!
De volta à notícia: "Governador disse-me para eu pedir a demissão"
A novidade, se é que de novidade se trata, resulta do facto do combustível das candeias se ter derramado sobre o papel de um jornal diário. Tudo o mais é tão trivial, que surpreende o facto de ser notícia de página inteira. Vejamos:
Isabel Bispo, ex-directora regional adjunta de Educação do Algarve, acusa António Pina, governador civil de Faro, e Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, de pressões para que se demitisse.
Uma vez que essa demissão não aconteceu por iniciativa própria, a Ministra da Educação resolveu o assunto através de um despacho e, Eduardo Dias, ex- director de recursos humanos, é actualmente o novo director regional adjunto.
A este propósito Isabel Bispo admite processar judicialmente o Ministério da Educação, pois considera que a sua comissão de serviço só deveria concluir-se em Setembro de 2007.
Pelo que consigo ler, António Pina, com larga experiência e conhecimento das questões relacionadas com Educação (foi Director Regional de Educação durante vários anos), tentou resolver uma questão sensível com o mínimo de estragos. Fê-lo através de conversas informais, onde tentou explicar que o cargo em causa é fundamentalmente político e que o bom senso aconselharia a substituir militantes do PSD por militantes do PS. A tentativa de resolver a questão sem estragos e sem praça pública, levou mesmo a um almoço com a ministra da Educação.
Isabel Bispo não só não cedeu como vai mais longe ao sugerir que a intenção era afastar Libório Correia (actual Director Regional de Educação), mas que, como não conseguiram, tentaram pela parte mais fraca.
Quando começaram a chegar às Escolas rumores do episódio, supus que Isabel Bispo tomava a questão como pessoal, por considerar que o seu desempenho do cargo era técnico e não político e que daí adviria todo o ressentimento. Porém, quando pela notícia tomo conhecimento que, numa das conversas com António Pina, esta lhe pediu para se filiar no PS, tudo o que me tinha ocorrido caíu por terra. Isabel Bispo tem consciência que o cargo é político e a sua determinação só pode ser entendida no plano político, onde parece estar investida num combate sem tréguas. Acontece que António Pina tem um capital político reconhecido no Algarve, um "savoir-faire" invulgar, uma relação construtiva e sólida com uma larga maioria dos professores e tem, para além disso, capacidade para evitar rombos no barco com que este PS parece querer fazer-se ao mar.
Estranho para mim é o facto de o assunto já ter chegado ao Parlamento, muito estranho mesmo. Até parece que alguns deputados ignoram que existem cargos políticos e que as substituições de dirigentes regionais foram, desde o 25 de Abril de 74, "lãna caprina". Vamos acompanhando e esperando que o mexilhão não leve com mais mar. É que "há mar e mar, há ir e voltar."

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