Lemos ao leme ou Lemos ou Mar?

A propósito da confusão com os exames, o Secretário de Estado Valter Lemos tentou "emendar a mão" através de um despacho, que determina a criação de um regime excepcional para os alunos que realizaram na primeira fase os exames nacionais do 12º ano, relativos aos novos programas de Química e de Física. Esse despacho permitiu repetir as provas na segunda fase e escolher a melhor das notas obtidas, para a candidatura à primeira fase de acesso ao ensino superior. Uma coisa caseirinha, tipo aquelas reuniões onde só vão os mais chegados. Sei lá... uma coisa tipo árbrito que não marcou um penalty a favor da equipa A e para "remediar" marcou um, que não era, a favor da B. A emenda foi muito pior que o soneto e é tudo uma enorme trapalhada. De tal modo que o Lemos não tarda a deixar o leme. Não me surpreende nada, mas tenho pena que saia demasiado cedo, gostaria de ler o despacho que ele supostamente terá de encomendar (mas que já está em vigor) a propósito do despedimento de alguns professores da Coordenação dos Apoios Educativos. A Lei actual prevê claramente como esses professores devem candidatar-se, mas para quê a Lei actual. Primeiro actua-se, depois faz-se uma "leizinha" a condizer. Estou convicto que neste caso a trapalhada jurídica será maior. Este pragmatismo nada tem a ver com o PS. Trata-se de um comportamento não condizente com o discurso da competência e do mérito, isto é: "A bota não bate com a perdigota". Com um homem assim no leme, mesmo que isto não vire para já, vamos de almareados a pior.