domingo, setembro 24, 2006

Compro(m)isso Portugal

Desde que sentiram o cheiro a churrasco das classes baixa e média, reunem-se espaçadamente uns rapazazes, com vocação para a asneirada. Dedicam-se arduamente a enviar recados ao Governo. Ao princípio a dedicação rendeu o suficiente para se entusiasmarem. Porém, demasiado entusiasmo levou-os a perderem a noção do razoável. Na última reunião, no Beato, voltaram à carga. Para além de estarem feitos para comprar barato o que resta do Estado, retomam a ideia da ineficácia e da incompetência (dos outros claro) e consideram sempre elevadíssimos os salários dos funcionários públicos. Falam dos estudos feitos cá e acolá (como se os estudos não se encomendassem), para concluir enormidades. Os professores como sempre são visados. Até parece que as empresas que representam pagam o devido aos seus quadros, promovem a qualidade da educação, ou que têm uma cultura de solidariedade social. Não fosse o Estado a regular e a fiscalizar e ainda hoje teriamos crianças a torcer o destino(e a coluna vertebral), a partir dos 8/9 anos. O Compro(m)isso Portugal pretende pois afirmar-se como grupo de forte pressão sobre quem decide. Para o efeito, no favorável caldo político actual, chegam a presumir a dispensa da intimidade e o uso de preservativo.
Gostaria de saber se Sócrates se benzeu para a estampa ou se nesse momento o lembrete do Beato fez vibrar o telemóvel. Se foi o lembrete que motivou o acto, o homem fez o que até um ateu praticante faria. Em caso de aflição súbita, nada como cruzar a linha média do corpo com a mãozinha aberta (de preferência).

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