domingo, setembro 17, 2006

Sai um "Plano" para a mesa do fundo

A propósito da nova exigência do Ministério da Educação e do sururu que está a causar, não podia deixar de postar aqui, com o pensamento nessa pérola de ostra em período de pós-validade.
O embaraço que constitui para os(as) Presidentes dos C. Executivos deve levar alguns a pensar: pior oferta, só mesmo uma aparelhagem de alta infidelidade.
Sempre que as Escolas tentam afinar procedimentos, com vista a um funcionamento regular, alguém trata de cultivar nabos na eira, à espera que chova abundantemente. Quando tudo parecia encaminhado para que alguns professores garantissem substituições, sem que a tutela tivesse que pagar horas extraordinárias, chega a notícia! Enrolada na exigência cega, reza assim: entrega obrigatória de um Plano de Aula sempre que um professor pretenda faltar e aviso prévio (5 dias de antecedência). Imaginam o telefonema? - "Olhe, a minha filha de 3 anos vai ficar com fariginte entre o dia 24 e 27 do corrente mês. Como ela costuma fazer febres altas e o Estado não me paga o suficiente para uma empregada doméstica, estou a pensar faltar a 25 à tarde. Posso? Eu tenho um Plano...Vá lá..."
Estes excessos de juventude, de quem pensa que pedir um esforço adicional desmotiva qualquer pessoa que precisa faltar um dia, vulgarmente constituem aquelas vitórias em que se fica muito perto da derrota final. Estas ideias, não só não singram, como são alvo de chacota pelos professores (óbvio que vão exigir o pagamento de horas extraordinárias, uma vez que aula com plano do professor titular, só pode ser entendida como componente lectiva). A exigência de planos de aula já é de eficácia duvidosa, pois ao Ministério deveria competir distribuir os Programas pelas Escolas com sugestões de actividades. Aliás, no tempo em que S. Godinho cantava "A Paz, o Pão, Saúde, Educação...", era asim. Hoje o refrão é mais: Image Hosted by ImageShack.us"A Guerra, A Pizza, Centros Comerciais, Crédito à Habitação...".
Bem, se com os Socialistas vamos por aqui, o melhor será começar a esgravatar na tentativa de encontrar uma qualquer ideologia alternativa. Esta gente imagina que se pára de pedalar, cai. Não lhes ocorre experimentar o pézinho no chão? Mas quem os ensinou a andar de bicicleta? Provavelmente foi com o Marques Mendes. Ai, foi...foi...

1 comentário:

José António disse...

Vão aos posts de Agosto (em arquivo). Temos lá a Vanda com uma proposta de permuta.

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