terça-feira, novembro 21, 2006

Arredondando

A quem ainda restava uma ténue esperança da iminência de um acto de remissão, desenganou-se. Ontem o programa - "Uns pós do contra" - constituiu uma soberba oportunidade para perceber que "a banca" aguarda a contrição dos felizardos a quem "deu casa" nas últimas décadas. Não sorriam: "deu" foi a palavra utilizada.
O corajoso Garcia Pereira viu-se obrigado a relembrar os tempos dos senhores feudais, mas os homens não baixam a guarda um instante, fazem que não percebem. Falam nas contas auditadas por "pessoas de fora", nos arredondamentos que se fazem há muitos... muitos anos, nos anos que às vezes têm 360 dias e outras vezes 365, nos of-shores que só beneficiam os depositantes, nas acções que não chegámos a perceber quem beneficiam, na cobrança de impostos, cujo montante baixa de ano para ano...
Garcia Pereira explicou pacientemente, até à exaustão, que as ilegalidades não beneficiam de uso capião. Perguntou insistentemente se a banca não reconhecia a necessidade de corrigir procedimentos. Responderam que não, que cabe ao poder político legislar, se for capaz.


O poder político estava lá na pessoa de um secretário de estado que revelou cautela e verbalizou um conjunto de frases, cujo conteúdo não foi além de : "Nós preferíamos que fosse a banca a auto-regular-se, mas se não o fizerem teremos de ponderar..."


Olhem como eles são ponderados com a banca!... Pudera, a educação não paga a OTA nem o TGV. Isto é: pagar, paga, não tem é o dinheiro disponível para já. Está lá, na "banca" e resulta, em grande parte, das casas que nos "deram".

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