sábado, março 10, 2007

Professor Titular


Para os dirigentes sindicais, a proposta do ME merece "profundo desacordo". Pelo facto irão apresentar um pedido de negociação suplementar na próxima segunda-feira. Exigem ainda a presença da própria ministra.

Já aqui defendemos que a Ministra poderia ressuscitar politicamente e, a confirmar-se a sua presença na negociação suplementar, surgirá o que pode constituir o princípio dessa oportunidade. Lá que parece pouco provável, até parece; há, na verdade, um historial de conflagração com a classe que, indo muito para além das "medidas" que tomou, comprometerá certamente o sucesso da, pouco provável, ressurreição.

O que poderia então ajudar ao processo?

1-A Ministra aceitar extinguir a categoria de "professor titular"?

Há muito poucas probabilidades de tal acontecer, a divisão de professores em "professores de primeira" e "professores de segunda", se não se fizer por aqui, far-se-à por acolá. A algumas pessoas convém que se faça mais por acolá, a outras mais por aqui. A Ministra vai defender o "professor titular" e pode facilmente argumentar, de modo a ganhar os professores com mais tempo de serviço.

2-Aproveitar o momento para introduzir sensatez nos critérios?

Exactamente!

3-Como?

- Acabando com a penalização de faltas justificadas por motivos de doença, acompanhamento de filhos doentes ou morte de familiar.
- Aceitando que os professores com bacharelato se candidatem (se há uma discriminação positiva para os graus de mestre e doutor, por via dos pontos, porquê impedir os detentores do grau de bacharel de serem opositores ao concurso?). É uma insensatez, a penalização deveria simplesmente resultar em pontuação, jamais constituir impedimento.
- Valorizando o exercício da actividade lectiva. Pela parte que me toca, seria penalizado, mas não posso concordar que a pontuação seja igual para quem deu aulas e para quem não deu.
Então de peitinho emproado para o ar condicionado e agora vá de pontos, tal qual quem se esmiuçou em pavilhões sudoríferos? Aqui é melhor os dirigentes sindicais serem moderados e, mesmo aos deputados professores, não convém fazerem grandes ondas. Do "diz que disse", soou que Valter Lemos gritou com os deputados que insistiram em que a pontuação devesse contar, de igual modo, para quem deu e para quem não deu aulas. Terá sido assim?.... Aqui a Ministra pode marcar uns pontos a favor.
Vamos ver o que tudo isto dá, mas é urgente que o tom geral seja de sensatez e, para a Ministra, é urgente saber aproveitar este momento privilegiado. Se chumbar aqui, só mesmo uma mãozinha (salvo seja) dos pais, na avaliação, a salvará de um chumbo arrasador. Como dizem alguns alunos do 1.º Ciclo: ficará "derretida".
Vamos estar atentos(as).

3 comentários:

saltapocinhas disse...

Tens toda a razão em tudo o que dizes, como sempre.
Não gosto da ministra, mas gosto ainda menos dos seus dois emplastros...
O se Castelo Branco parece que não fez lá grande coisa na escola que dirigia... Se calhar é por não saber dar aulas que tem o cargo que tem!
A ministra não diz coisa com coisa: diz que vai valorizar quem trabalha com alunos e depois faz precisamente o contrário!
Em relação aos professores excluidos, pela minha parte já foi uma queixa para o procurador geral.
Vamos lá a ver o que ele diz, se se der ao trabalho de responder!!

José António disse...

É bem provável que tenhas resposta. Escolheste um bom timing para a queixa, é que assim inviabilizas o paleio "28" que reza mais ou menos assim:
"Reconhecemos fundamento nos argumentos expostos, mas a bem do interesse público determino....rebéubéu pardais ao ninho". Vou estar atento ao teu blog e na expectativa de pode ler aí a resposta do Procurador.

José António disse...

Moura ao luar, beijos a propósito de quê? Fiquei a pensar na possibilidade de ser uma forma de agradecimento pelo artigo de opinião. Se assim é... tudo bem.

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