sábado, junho 30, 2007

O Joe

O Joe é disléxico, esquece o nome da mulher, tem dinheiro, é espalhafatoso e tornou-se figura de relevo dos serviços noticiosos. A última curiosidade dos jornalistas é saber responder à pergunta: O que quer o Joe? Como se não soubessem que quer multiplicar o dinheiro. O homem é, aliás, de uma transparência que nos deixa grogues. Olhemos para o que fez na Portugal Telecom: Comprou acções (uma palete delas), depois vieram os jornais ajudar à festa, dando como adquirido o bom negócio e referindo que elas eram tão boas, que o Joe não as venderia. Vai daí logo uns patitos esgravataram debaixo do colchão. A seguir o Joe vendeu. Os jornais vieram contar quanto ele ganhou. Não vale a pena pensarem que se cometeu alguma ilegalidade: é o mercado mobiliário a dar sinais de vitalidade!
Mas o Joe, para além de apreciar capital especulativo, cria pouco emprego, despede ao primeiro deslize, compra arte e diz coisas importantes. Atentem na profundidade da resposta:




Jornalista: Enquanto defensor da iniciativa privada como vê a acção controladora do Governo?


Joe: Alguém tem de mandar. Casa onde não há patrão, tudo ralha e ninguém tem razão. Ainda bem que este primeiro-ministro está a fazer muito mais do que devia. Gosto de pessoas que enfrentam o boi pelos cornos, mesmo que às vezes não seja a nosso favor: Pensava que já não existiam pessoas assim.




Agora percebo porque é que o Joe veste de preto. Provavelmente morreu-lhe o patrão.






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