terça-feira, junho 26, 2007

Pedras


Quando a idade era propícia e eu ficava fã de delírio, os Rolling Stones seriam imperdíveis. Embalado em doces vibrações, cheguei a flagelar-me em longas viagens, enroscado entre bancos de carruagem, para assistir a Rory Gallagher, Uriah Heep e Deep Purple. Hoje, que a idade tirou virgindade à zona das sensações intensas, via concertos de rock, a coisa não me estremece nem um cílio: "I Can Get No-Satisfaction".



Segundo relatam os jornais (não sei se também os de sarjeta), o problema não é só meu; até Mick Jagger pediu uma mesa de snooker para matar o tempo. Quem diria... que sublimação! O jogo é a metáfora perfeita.


Ah! Mas eu, vingo-me... Não que me ocorra processar quem me xingou por isto ou por aquilo. Nada disso! Vou até à praia e pago a uma das três raparigas que massajam com pedras e tudo. Há dois tamanhos de pedras e três de mãos e eu hoje quero as mais pequenas, quero menos superfície mexida de cada vez. "Enviveço" o tempo e nem me ocorrerá que poderia ter estado a assistir aos saltinhos de Mick Jagger.

2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Pelos vistos o cansaço está a generalizar-se. Daí, talvez a meia casa que assistiu ao expectáculo, quando se previa que a lotação esgotasse...
Mas, ao que dizem, o Mick continua em forma, apesar dos seus 65 anos.
Será que estamos a ficar velhos mais depressa do que ele? Deve ser dos quilos de droga que ele consumiu... mas devia ter reflexos negativos agora... se calhar é tudo mentira e umas passas não fazem mal a ninguém...
Bom fim-de-semana, abraço.

José António disse...

Continua, continua, mas diz que agora é mais no snooker.
Se as passas fazem mal não sei, mas duvido que as passas sejam todas iguais.

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