A ribeira de Ter, tinha: pardelhas, bordalos, pequenos barbos, rãs, melros, guarda-rios, hortelã-da-ribeira, poejos, agriões e piqueniques domingueiros. A ribeira de Ter deveria designar-se, hoje, ribeira de Tinha. Lembro-me de a ver correr na Primavera, quando os resíduos dos lagares não chegavam para aquietar os peixes e lembro piqueniques e mergulhos forçados pelos seixos escorregadios e pela escorregadia pele das rãs.
O Alentejo é quase só memória, o que é quase tão perigoso como perder a memória.
2 comentários:
No Ribeiro do Ter, o Ter tinha tudo...
No Ribeiro do Ter, vivia uma Estrela do Mar que vivia rodeada de medusas, que estavam sempre atentas para a afogar.
Mas ela não ia ao fundo, porque sabia que, perto dela, havia um amigo sempre pronto para a proteger...
estrelinha, não imagino quem és nem onde vives. Apesar disso fico a torcer para que o verbo se ponha também no futuro. Malditas medusas...
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