quarta-feira, novembro 14, 2007

É de para

Para testar a apropriação do sentido da operação subtracção, coloquei um aluno perante uma situação problema.
Sabendo que há em J. uma tendência para não pensar sobre os problemas, impus - não sei se posso socorrer-me desta restrição, mas como não tinha à mão o impresso para a autorização... impus mesmo - duas condições:

1 - Não vais começar a dizer: "é de mais", "é de menos", é de ....
2 - Vais pensar e vais falando, para eu ouvir o que pensas.

A situação era simples e surgiu a propósito de um programa alimentar que o aluno segue.

Ele, de acordo com o recomendado, pensou... pensou... e antes que começasse a sair fumo pelas orelhas, eu disse:

- Fala!
- Já sei!
- Diz.
- É de "para"!
- O quê?
- É de "para"!
- De "para"!?
- Você não sabe o que é de "para"?
- Que é isso?
- É de menos! "Para" (acompanhado com um milimétrico gesto de indicador), é de menos. "Para"! diz-se "para"!...
- Ah!

(Será caso para plano de recuperação, ou de desenvolvimento?)

4 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Eu é que fiquei parado...
Modificaste o layout e nem sabia onde estava o link dos comentários.
Abraço.

José António disse...

Estou em obras, estou em obras...

saltapocinhas disse...

grrrr... eu passo-me com essas situações!
os garotos estão tão preocupados em pensar que conta vão fazer que não pensam no essencial: o problema em si.

vou ver se consigo educar os meus pequeninos desde já a pensar no problema e não nas operações!

José António disse...

E fazes muito bem Saltapocinhas. Se eles se habituarem a pensar (mesmo que inicialmente precisem de desenhos para sustentar o pensamento), imagina a trabalheira que tens a menos.

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