quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Barrote

Este senhor, que suponho ser "comentador" de futebol, foi, segundo relatou aos jornais, vítima de tentativa de agressão com barrote, após o seu programa semanal. Consta que fugiu do pau e que num golpe de sorte atingiu nas canelas, um dos incautos "agressores".
Sempre que faço zapping e dou com um "intelectual" do futebol, ponho aquele sorriso premonitório que corresponde à salivação do cão de Pavlov. Um dia destes, já não sei precisar quando, dei com Rui Santos. Não é dos melhores, mas tem a piada característica das pessoas que, com ar sério, procuram interpretar o "jogo" à luz (e que Luz!...) do cognitivismo puro, como se a emoção do futebol estivesse nos traques de Pinto da Costa. É dos que se esforçam para explicitar raciciocínios. Atira metáforas para as quatro linhas, pleonasmos para a bancada... Cabeceia adjectivos, finta verbos e, quando aquece na embalagem do débito elevado de palavras, facilmente troca pronomes por nomes próprios. Sem sintoma de cansaço ou aparência de molenguice, quando pensamos que a primeira ideia acabou, tem para nos oferecer - em tempo extra - uma teoria surpreendentemente elaborada. E claro, os supostamente plauditivos, dispõem-se a segurar o varapau entre palmas.
Alguns comentadores do futebol, vieram em seu auxílio, explicar na TV, que as diferenças de opinião não deverão resolver-se à ripada. Tomo o conselho por ajuizado, mas talvez não fosse má ideia Rui Santos inteirar-se de quem o ouve e vê. É que os verdadeiros adeptos, qual esquilos, facilmente se predispõem a devorar-lhe a "cara-pinha".

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