A propósito das questões do ambiente tive, há pouco tempo, uma conversa com J.L.. Provando a sua propensão para o fantástico, contou-me que estava a pensar fazer uma empresa de reciclagem. A empresa, familiar, focaria basicamente "o negócio" em atear, no quintal, pilhas de plástico, jornal e cartão. Depois de uma longa conversa, pareceu-me que J.L. estaria sensibilizado, a ponto de poder ajudar a familia a pôr fim ao disparate.
Na sexta-feira, ia eu ensimesmado nos truques malandrecos que a cultura politiqueira do novo regime ateou nas escolas, quando me pareceu ouvir J.L.. Era mesmo ele:
- Professor, sabe uma coisa?
- Diz...
- O meu pai não liga nada ao ambiente...
- Então?
- Continua a queimar plásticos.
- E tu? Não lhe explicaste?
- Ele não liga nada! E a minha mãe é igual.
- Ai é! Também queima plásticos no quintal?
- Ela ainda é pior.
- Pior?
- Sim, ela diz-me: "Olha, vai-te! Reciclar, cagare e mejare".
2 comentários:
Alto lá! Temos aqui matéria para a sustentabilidade.
A minha, claro!
Vou ver se reciclo uns dos meus ex.; ao menos é prata da casa!
Pois é ...de vez enquando ouvimos dessas...e o mais engraçado é que dizem como se fosse natural ...é a vivência deles...ainda me custa acreditar que existam pessoas que não estejam sensibilizadas para a reciclagem !!!!
Bjs
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