domingo, maio 17, 2009

O Escangalhado

A propósito dos "Processos Concursais" que agora abundam pelas Escolas, retomo um post que escrevi quando foi publicada o "Novo Regime". Cá vai:

O tempo é de Natal e, portanto, a minha disponibilidade para assuntos relacionados com a Escola cai a pique. Esforço-me sempre por deixar cair a Escola nesta e desta altura. No entanto, o "Novo Regime" caiu-me no monitor - antigamente designado regaço - e eu, esforçadamente, cá o li de fio a pavio. Pelo facto sinto-me culpado e, para remissão, optei por um título Natalício: "O escangalhado"! Vem o título a propósito do tradicional "bolo-rei". Qualquer outra interpretação resultará de abusiva segunda leitura.

Voltarei à "vaca-fria" quando estiver mais fria. Para já, posso dizer-vos que se trata de um documento do tipo Salomónico.
Os representantes dos pais, com pleno direito e absoluto sentido de justiça, sempre perceberam que havia um pecado original, consubstanciado numa enganadora ideia de democracia. Por isso, de há muito reclamavam equidade no mando. Vai daí, os políticos estiveram a pensar, a pensar ... Pensaram mais ou menos durante dez anos - isto de pensar, politicamente pensando, leva o seu tempo - e agora decidiram dividir "o bebé" em três partes: Aos professores cabe metade. O pessoal não docente dividirá com os pais (mais membro, menos membro), a outra metade (mais coisa menos coisa).
À parte da partilha fica o Director, a quem competirá usar pinças, agulhas e linhas de tripa de coelho (será com maiúscula?). Tudo para ver se dá a criança cosida. Quando estiverem dados os pontos, se o bebé chorar, o presidente do Conselho Geral reúne o pessoal e marca novas eleições, isto é: coze-o!

PS: Achei entusiasmante o cheirinho a globalização que do documento exala. É giro poder vir um romeno propor-se a cirurgião!

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