Na ressaca das eleições para a "Europa pouco Comunitária" os partidos apressam-se a analisar os resultados. Descontada a abstenção, a que ninguém parece ligar importância, todos se apresentam disponíveis e responsáveis para o exercício da governação. Tenho, em fundo, a voz dos vários dirigentes partidários. Ao CDS não desagradaria um casamento com o PSD, ao BE qualquer casamento serviria desde que não fosse para constituir família tradicional. Até à CDU, cuja vocação sempre foi de contra-poder, não desagradaria a vitória de um partido minoritario para alianças pontuais.
O interessante é que todos os vencedores reclamam votos dos professores. Como se fosse difícil perceber que os professores votoram em todos menos no "PS". Difícil e incompreensível seria se tivessem votado. Para tomar um exemplo aqui há mão pergunto-vos:
Que fariam se de um dia para o outro vos dissessem: Aposentação com pensão completa aos 55 de idade e 36 de serviço? Isso era ontem! Agora, com a importantíssima Reforma na Educação, poderá aposentar-se aos 65 anos e com desconto. Em alternativa poderá sair aos 55 com meia-pensão...
O Fazenda diz que as alternativas têm que se ver nas políticas concretas e que a Ministra da Educação não ouve os professores. Só lamento que o Fazenda não tenha Fazenda que chegue para dizer que políticas concretas serão essas para a Educação. E já agora que professores se propõe ouvir?
Sem comentários:
Enviar um comentário