quinta-feira, abril 08, 2010

Quem vai ao mar, avia-se em terra.


Há uns quinze dias, passei umas horas de fim de semana a olhar o mar e os surfistas de papagaio. A modalidade, que continua a fazer adeptos na costa algarvia, requer algum vento, força de braços e uma boa dose de aventureirismo para cavalgar as ondas. De acordo com o que me foi dado a ver, bastará um impulso para podermos ficar uns metros mais próximos do céu (esta é a parte mais entusiasmante), ou, para casos como deveria ser o meu, ficar no céu para sempre.
Um amigo optimista e generoso, mirando-me a olho nu enquanto montava o estaminé, tentou convencer-me das vantagens que poderia vir a ter, caso aderisse à prática da modalidade. Referiu-se aos benefícios do exercíco físico aliado à brisa marítima, ao baixo custo do equipamento, à facilidade com que se domina a teia de elásticos que ligam a prancha ao papagaio e ao deslumbramento com que se e desfruta a beleza dos "voos". Com bons modos convenci-o que um dia iria experimentar. O rapaz, depois de devidamente artilhado, partiu à aventura; certamente com a dúvida que a minha idade recomenda. Confesso: o bichinho ficou-me. E, antes que o mar venha a engolir-me quando das primeiras tentativas, iniciei hoje mesmo o treino em terra firme. E que tal?

2 comentários:

Unknown disse...

Eu acho que levas jeito. Mas deixa de ensaios em terra e levanta os pés do chão.

José António disse...

Eu gosto de tirar os pés do chão com os pés no chão. A minha dúvida, quando se trata de "avoar", é a de saber onde irei "apoisar". E no mar tem pouco que saber: ou sai água, ou alguma inglesa desprevenida (opsss!). Grave seria ela aproveitar-se da ocasião e tentar desenferrujar o meu inglês técnico.

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